Desequilíbrios
O Governo português teima em dar continuidade à sua política de encerramento de serviços de saúde pelo país fora. Vantagens: racionalizar custos e aumentar a qualidade dos serviços. Principal desvantagem: cuidados de saúde mais distantes das populações menos numerosas. Resultado futuro: aceleração do processo de desertificação do interior e concrentração nos grandes centros.
Com as escolas passa-se o mesmo, mas neste campo sem garantias de qualidade, designadamente no apoio aos alunos que estarão todo o dia distantes do seu ambiente familiar. Aldeias, que tinham na existência da escola do 1º ciclo uma das escassas referências colectivas, ficam mais tristes. Resultado futuro: aceleração do processo de desertificação do interior e concrentração nos grandes centros.
Já antes os Correios fizeram o mesmo, encerrando postos para indignação da população. E adianta manifestá-la?
Desconhece-se, porém, a existência de uma política que contrarie a tendência de desertificar grande parte do território nacional. Como acontece com a natalidade... Haverá futuro sem uma população jovem? Teremos um país equilibrado concentrando a população no litoral e nos grandes centros? Não deveríamos exigir mais dos governos nestas matérias?