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d'aquém e d'além

COISAS E COISINHAS DO NOSSO MUNDO augusto semedo

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COISAS E COISINHAS DO NOSSO MUNDO augusto semedo

Ir à luta... libertando amarras

Augusto Semedo, 28.02.07

Em Lamas, pequena aldeia do concelho de Castro Daire, apresentámo-nos dispostos a ir à luta e em dividir o jogo contra um bom adversário, num campo difícil e impróprio. Porque 'pelado' e de dimensões reduzidas, apelou à combatividade, solidariedade, concentração, rigor táctico...

A disponibilidade dos jogadores foi premiada pela alegria do primeiro ponto conquistado fora, apenas à 18ª jornada. Consideramos ser o primeiro de muitos pontos que é necessário trazer dos campos dos adversários que ainda temos de defrontar até final.

Em quatro jogos - sete pontos somados aos nove anteriores - colámo-nos aos adversários directos e conquistámos o direito de disputar com eles a permanência. Algo, penso, que há mês e meio pouca gente acreditaria ser possível.

A enorme atitude da equipa nos jogos disputados, em especial neste último, é merecedora de reconhecimento. Mas é preciso continuar a recuperar! A continuar assim, iremos longe! Venceremos dificuldades e (re)conquistaremos o respeito de toda a gente.

O plantel - os seus 30 elementos, entre jogadores e equipas técnica e médica - decidiu dedicar o primeiro ponto conseguido fora (e que ponto... tão sofrido quanto meritório ele foi!!!) aos sócios e adeptos que seguiram as incidências do jogo, "presencialmente ou em espírito".

O Recreio Desportivo de Águeda vai fazer 83 anos e, de facto, mexe com muita gente. Mas é preciso unir esforços, olhar muito mais atentamente para a acção que vai desenvolvendo, dar mais atenção ao que de positivo se faz. Só assim se potenciará toda a força que tarda em se libertar das amarras que a "nova sociedade" teima em estender às realidades que, pela sua história e representatividade, mereceriam atitudes muito mais construtivas e valorizadoras.

Voltar a ser eu…

Augusto Semedo, 23.02.07
É algo que não se explica mas cada um de nós tem ‘drogas’ de que não se consegue libertar. A minha é o futebol. Com ele, voltei a ser eu… apesar da frustrada tentativa para dele me afastar.
Conciliar responsabilidades profissionais com as da direcção técnica de uma equipa, ainda para mais tendo necessidade de recuperar de uma desvantagem pontual no campeonato, não é fácil; mas a acumulação do esforço não elimina a vontade. E o cansaço vence-se com a alegria de quem faz o que gosta.
O tempo adicional necessário para as tarefas que se acrescentam ao nosso dia-a-dia é um ganho de vitalidade, visível em todas as nossas acções. Sinto-me estimulado com as preocupações acrescidas e com o desafio que esta nova responsabilidade acarreta. A vida faz hoje mais sentido que há mês e meio atrás.
Voltei a ser eu no relacionamento com os outros, na determinação e alegria que coloco nas coisas, na capacidade de observação e de decisão… Volto a sentir que o futebol é a minha ‘droga’, que a condução de equipas de futebol estimula o meu ego, que a arquitectura dos treinos me fascina e que a incessante procura de soluções para ultrapassar os obstáculos competitivos me valoriza como cidadão na plenitude. A ansiedade domingueira, apesar de agora mais controlada, é ainda o que me faz pensar duas vezes se vale ou não a pena.
Muito do que sou hoje devo-o ao desporto e a um jogo colectivo que é um produto consumido mas não apreciado na sua essência. Que põe a nu as nossas fragilidades mas que também evidencia o potencial, tantas vezes escondido ou descurado, que existe em nós. Que, de forma permanente, nos coloca perante desafios exigentes e estimula as capacidades morais e de vontade essenciais para o nosso percurso de vida.
Aos atletas, frequentemente estabeleço comparações entre o futebol e a vida, porque a actividade desportiva é uma escola de referência para uma existência como cidadãos de corpo inteiro!

Quando um professor não conhece os seus autarcas...

Augusto Semedo, 16.02.07
Numa visita recente do executivo municipal de Águeda a uma escola do ensino básico nº 1 (antiga primária) do concelho, a professora revelou desconhecer os autarcas. O episódio serviu de pretexto para, num momento de descontracção, um dos autarcas se ter feito passar pelo novo pároco da freguesia. 
A gafe da docente não passou despercebida a ninguém, principalmente tendo em conta a natureza da profissão que exerce. Com os meios de comunicação existentes - que se encontram à disposição dos cidadãos - e num momento em que se vai passando a mensagem de que é preciso fazer mais e melhor pela Educação, o desconhecimento da docente é um exemplo vivo de que nem só os menos letrados revelam dificuldades em compreender o meio que os envolve e se mostram à margem do que os rodeia, evidenciando um claro distanciamento sobre tudo o que não está directamente ligado aos seus interesses.
Pode até contestar-se o actual sistema político português e prevalecer algum desencanto com os políticos que nos representam; pode não existir qualquer identificação ou simpatia com os autarcas eleitos. Mas, no mínimo, qualquer cidadão - principalmente sendo professor – tem a obrigação de saber quem eles são e o que fazem. Deve preocupar-se com o meio que o envolve, saber quem o representa e governa, e até interessar-se pela forma como funcionam as organizações pilares da comunidade.
A aposta de envolver o meio na escola, ou desta se envolver com o meio, será sempre uma miragem enquanto a conduta de alguns agentes mostrar a face observada nesta circunstância. Porque a ignorância, hoje em dia, significa desinteresse, desmotivação e, em muitos casos, incompetência profissional.

Imagens do 'futebol dos ricos'

Augusto Semedo, 09.02.07
Embora só hoje, incluo no blog 31 das quatro centenas de fotografias ilustrativas da experiência no Mundial - Alemanha 2006. Que, em termos pessoais, sucedeu aos ‘Europeus’ de Inglaterra (1996), Holanda/Bélgica (2000) e Portugal (2004) e ao ‘Mundial’ de França (1998).
Foi, de longe, o evento mais excitante de todos os que pude assistir. Um verdadeiro encontro de povos que, vencidos pela alegria do momento, abrem-se com facilidade aos outros. Tudo o que imaginei na adolescência. Falta, agora, umas Olimpíadas.
“Futebol dos ricos” porquê? A interrogação pode fazer sentido para os mais distraídos. O futebol dos ricos, como escrevi, é o que está ‘industrializado’; aquele que gera, directa ou indirectamente, enormes receitas; o que acarreta fortíssimos investimentos (escandalosos sim, a par de outras actividades neste mundo globalizado e de extremos cada vez mais vincados!); e também aquele que é profusamente divulgado, fazendo esquecer que tem, encoberto pelo seu gigantismo, várias realidades que, sendo a base do futebol, estão a murchar.
A mediatização e os interesses económicos do futebol dos ricos tem deixado pouca margem de manobra para o futebol dos pobres e para as modalidades ditas amadoras. O futebol dos pobres é aquele que, por entre múltiplas dificuldades, ainda procura fazer formação (abastecendo os ricos…) e o que tem vindo progressivamente a empalidecer nas divisões inferiores.
O desejo de grandeza das pessoas leva-as a quererem confundir-se com realidades que julgam pujantes e surgem como referências neste mundo mediatizado. Ser de um dito ‘grande’ é, à falta tantas vezes de outro verdadeiro valor que oriente as suas vidas, uma questão vital para alimentar o ego. A pressão mediática faz com que quem decide descure o outro futebol, que continua a viver da ‘mendicidade’ e a ter um espaço cada vez mais apertado para, ao menos, manter a actividade que gera. A perda de identidade de muitas comunidades locais faz o resto.
Porém, quem continua - melhor ou pior - a ter intervenção directa junto da juventude local são os que pertencem ao futebol dos pobres; quem continua, bem ou mal, a representar as comunidades locais são os que vivem de restos…

Uma entrevista a aprofundar

Augusto Semedo, 06.02.07
A primeira entrevista depois do meu regresso ao futebol, concedida ao semanário Soberania do Povo, publicada em Janeiro de 2007. Algumas das respostas vou procurar aprofundar em futuros 'posts' neste blog.
P - O que o levou a aceitar treinar o Recreio numa altura em que o clube não se encontra bem?
R – Tentar contribuir para inverter uma realidade para a qual não contribui minimamente mas que não me deixa indiferente. Não custa tentar… sempre é melhor tentar do que ficar acomodado ou preso a justificações menores. Assumir é sempre melhor que fugir ou refugiar-se na indiferença, como infelizmente acontece muito hoje em dia.
 
P- Já esteve no Recreio durante 13 épocas como treinador, às quais se acrescentam mais um par de anos como jogador. Aceitou este convite pela forte ligação ao clube?
R – O apelo foi tão forte que o coração não resistiu e algumas razões ajudaram a superar outras que apontavam em sentido contrário.
 
P - Já tinha sido convidado para esse cargo no início da época, porque não aceitou na altura?
R - O convite no início da época surgiu apenas face às circunstâncias do momento e não como uma opção genuína.
 
P - Que objectivos traça para o Recreio numa altura em que falta um jogo para terminar a primeira volta?
R - A equipa tem pela frente um desafio difícil mas aliciante: o sucesso no trajecto competitivo que resta vai conduzir à afirmação dos seus componentes, invertendo a ideia errada que há actualmente acerca do seu valor. Partimos, porém, de uma realidade concreta que não é nada favorável: do penúltimo lugar, com 9 pontos em 39 possíveis, estando a sete pontos da primeira equipa situada acima das posições de despromoção. O essencial para se inverter este trajecto claramente negativo é trabalhar todos os dias com vontade em melhorar, acreditando no que se faz, reconquistando auto-estima e ultrapassando as dificuldades jogo a jogo. Concentrarmo-nos totalmente no presente é a melhor forma de termos êxito no futuro.
 
P - A manutenção é possível?
R - Sendo uma tarefa árdua, aparentemente complicada, enquanto acreditarmos será possível! As dificuldades colocam-nos à prova, estimulam a superação e desvendam qualidades que julgávamos não possuir. Não apenas as qualidades futebolísticas, que necessariamente vão melhorar, mas também as manifestações de vontade e as qualidades morais que são fundamentais para alicerçar o êxito. Mas, atenção, não serei eu a salvar o clube da descida. O êxito ou o fracasso depende do envolvimento efectivo de todos, equipa, direcção e associados.
 
P - Haverá alterações no plantel?
R – Primeira ideia: rentabilizar os jogadores que compõem o plantel, estimulando-os a abandonar o cinzentismo em que mergulharam. Segunda ideia: atenuar os desequilíbrios existentes. As constantes alterações verificadas no plantel não foram benéficas para a estabilidade do grupo e revelam ausência de critério.
 
P - Tem estado muito ligado às camadas de formação. A aposta passará também por aqui?
R – Não é de hoje, mas de há 25 anos, que sublinho a necessidade do modelo desportivo do clube apontar para a valorização da juventude local e da equipa principal espelhar o trabalho feito nas etapas de formação, na sequência de uma aposta séria nesta área. Esta seria uma forma do clube representar o município no exterior e, em simultâneo, contribuir para a afirmação dos valores existentes no seu interior. Aplicar este modelo no futuro seria, para mim, um verdadeiro objectivo de vida.
 
P - No seu entender o que esteve mal para que o Recreio esteja nesta posição, actualmente? Qual será a estratégia para corrigir essa posição?
R – O importante, neste momento, é encontrar soluções para recuperar o tempo perdido. Tal implica o envolvimento de todos os que não sejam indiferentes à actual posição que o clube ocupa no campeonato. Aos jogadores pedi que fizessem um exercício de reflexão para verem o que tinham de fazer a mais, e de diferente, e impus algumas regras essenciais. O grupo está a trabalhar com gosto e motivação. Todos os que gostam do clube devem fazer o mesmo e ajudar a equipa, com o seu apoio vibrante, no que resta da época, esquecendo divergências menores quando o que está em causa é algo muito mais importante e decisivo.
 
P - Disse no Verão a SPD que nem era oferecido, nem lambe botas. Este ano já recebeu convites para treinar o Recreio (no início da época), do Macinhatense e agora novamente do Recreio. O que o faz ser tão cobiçado?
R – Não me sinto tão cobiçado como diz. Em 22 épocas, 13 foram preenchidas no futebol de formação, num único clube e na Associação de Futebol de Aveiro. Das restantes 9, só em duas tive o privilégio de planear convenientemente, com a devida antecipação, as respectivas equipas, conseguindo as bases para excelentes épocas, uma das quais terminou com uma subida de divisão. É muito pouco para o que gostaria de fazer.
 
P - Não guarda ressentimentos da forma como foi afastado do comando técnico do Recreio em 2003/2004?
R – Há experiências de vida que nunca se esquecem. Essa que refere, como outras menos conhecidas do público, ajuda a entender a realidade que nos envolve.
 
P - Já assumiu o comando técnico do Recreio em 2000 e 2003, em dois períodos difíceis para o clube. Agora volta novamente numa fase negativa. Não sente que a sua imagem poderá ficar associada ao treinador de recurso que apenas se convida quando o clube está em crise?
R – Esta minha decisão não teve nem tem em conta a imagem. Perante um desafio há duas alternativas possíveis: ou se vai à luta, ou se foge. Eu preferi ir à luta, procurando ajudar a resolver um problema que não criei mas que, como disse atrás, não me deixa indiferente. Para mim, é preferível assumir e fazer parte da solução do que nada fazer para evitar a agudização do problema.
 
P - Assinou por uma época e meia para prolongar o trabalho que pretende iniciar este ano?
R – Estarei no Recreio enquanto me sentir motivado e até entenderem que sou útil.
 
P - Qual é o lugar do Recreio no futebol nacional? O que falta para atingir esse objectivo?
R – Sintetizando, digo-lhe que o Recreio é a face mais visível do que é Águeda e da realidade concelhia. Fundamentalmente, precisa de três factores para se reabilitar: estabilidade directiva para adoptar um modelo de clube e um modelo desportivo em continuidade; valorizar e apoiar claramente quem faz e constrói, possibilitando o reforço claro da sua identidade; que a comunidade valorize o muito de positivo que a imensa actividade gerada traz a Águeda, superando a maledicência que persegue o Recreio há muitos anos.

Eu, treinador, de regresso

Augusto Semedo, 05.02.07

Eis-me de volta ao activo. Após o maior interregno em 22 anos de actividade, regressei novamente ao clube que me habituei a acompanhar desde a infância. Em mais uma missão complicada, em mais um momento difícil. A história repete-se.

Foi na ressaca do momento mais alto da vida do Recreio de Águeda que tomei a decisão de fazer uma carreira como treinador de futebol. Acompanhei o trabalho de vários treinadores, pesquisei e adquiri livros sobre a actividade existentes no mercado - como foram úteis os autores da então Europa de Leste que integravam a oferta da antiga Bertrand aberta na avenida Lourenço Peixinho, em Aveiro - e frequentei um primeiro curso nacional realizado na Escola Agrária de Santarém.

Em 1985, cumpria contrariado o Serviço Militar Obrigatório, iniciava-me no futebol de formação do Recreio de Águeda. Além de treinar os iniciados, tinha como tarefa abrir a actividade a atletas infantis. Não satisfeito com o desafio, considerei na época oportuno estender a actividade formativa a atletas a partir dos 7 anos (escalão de escolas), na altura ainda sem campeonato.

Foi a partir daí que o futebol de formação do Recreio de Águeda adquiriu uma rotina de trabalho que o tornou numa referência. A década que se seguiu foi de ouro, infelizmente sem continuidade por motivos que hão-de ser escalpelizados mais tarde.

Ao fim de tantos anos, as transformações são enormes; mas, algumas realidades cresceram tortas e há um evidente desaproveitamento das potencialidades. Hoje, será mais difícil trabalhar e ser respeitado como outrora, embora haja melhores condições; há mais acesso à informação e a formação é mais cuidada, embora paradoxalmente persista uma maior ignorância e inconsciência em relação às bases metodológicas capazes de sustentarem um trabalho qualificado.

Hoje, nos seniores do Recreio de Águeda, procuro contribuir para solucionar um problema para o qual não contribuí minimamente. Mas pesiste o objectivo de vida: fazer algo mais profundo, que o trabalho de formação seja projectado nos seniores; que o futebol possa contribuir para a afirmação da juventude local, ajudando a valorizá-la.

Um Pocinho onde nada acontece

Augusto Semedo, 01.02.07
Pocinho é uma localidade do município de Vila Nova de Foz Côa. Ali, onde outrora funcionavam as oficinas dos caminhos de ferro, é o fim de linha para quem viaja no Douro. Barca d’Alva foi riscada do mapa das ligações ferroviárias, como de resto a linha que saia dali em direcção ao interior mirandês.
Naquela terra, a dois passos das gravuras rupestres, tudo parece parado no tempo. A estação, bem conservada, contrasta com um passado ligado à ferrovia que dificilmente terá retorno. A antiga ponte rodoferroviária está em colapso (as placas não enganam), o bairro onde dantes habitavam os trabalhadores ferroviários está completamente ao abandono… Quem sai da estação não tem informações sobre as ligações a Foz Côa. “Hoje é sábado, não deve haver autocarro”, respondia, solicitamente, uma mulher de meia idade, a um forasteiro de mochila às costas. Um táxi, ali estacionado, esperava o primeiro e único cliente.
Jornais? Não há! No topo da rua, enquanto se espera pela ligação de volta ao Pinhão, um toldo anuncia o único restaurante que se vislumbra.
Ao fundo, a barragem indicia que o dia-a-dia de muita gente ainda passa por um Pocinho onde (quase) nada acontece.

O Alto Douro Vinhateiro

Augusto Semedo, 01.02.07
Designado Património da Humanidade pela UNESCO, em 14 de Dezembro de 2001, o Alto Douro Vinhateiro espera ainda pelo impacto dessa atribuição na sua economia. “É uma homenagem à obra combinada do Homem e da Natureza, que vem a ilustrar o valor universal do papel activo de uma cultura e uma paisagem de excelência”, lê-se algures, desde a imprensa aos meios de promoção da região. Mas, no futuro, deseja-se que a obra construída em séculos de história tenha continuidade na aplicação prática dos imensos estudos que têm sido realizados. Que conduzam ao progresso, invertendo a tendência de desertificação que se vem acentuando, indiferente a designações superiores.
A área classificada (24,6 mil hectares) insere-se num vasto território de 13 municípios, desde Mesão Frio, Peso da Régua e Lamego a Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo. Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Alijó, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Armamar, Tabuaço e S João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa integram ainda o Alto Douro Vinhateiro, que ocupa 10% da Região Demarcada do Douro.
Percorrer o rio, de carro até Pinhão e de comboio daqui a Pocinho (onde hoje termina a linha que serpenteia o Douro) é algo a não perder. No fim da linha, o Pocinho mostra-nos a decadência; e quanto há a fazer (ou quanto nada tem sido feito) para tirar partido da beleza natural e do património histórico, mesmo que ali a dois passos resida um dos grandes santuários de gravuras rupestres, em tempos motivo de disputas partidárias e hoje apagadas da agenda política.
Seremos capazes de fazer melhor?
Nota final, in roteiros turísticos - O Alto Douro Vinhateiro tornou-se a 13ª zona do país classificada e o 5º elemento do grupo vitivinícola, juntando-se às regiões de Val du Loire e Saint Émilion (França), Cinque Terre (Itália) e Wachau (Áustria).