Assim não! - também digo eu
Assino por baixo. Acrescentaria, porém, que esperava uma abordagem/postura diferente por parte dos partidos políticos. Numa sociedade depressiva e pouco construtiva seria fundamental que a abordagem dos seus problemas fosse orientada por uma postura distinta.
Uma postura distinta é a que procura resolver as chagas sociais criando respostas que contribuam eficazmente para as resolver, sem colocar em causa valores que deviam ser intocáveis e por todos respeitados.
Não se resolve despenalizando (ou liberalizando, que é no fundo o que está verdadeiramente em causa). A evolução sadia de uma sociedade faz-se antes afastando-se os preconceitos que condenam socialmente as pessoas quando estas assumem um acto, por irreflectido e isolado que seja; e também criando-se respostas sociais adequadas aos problemas diagnosticados, sempre em respeito pela vida humana - o que não sucede com quem diz, alto e bom som, que na sua barriga manda ela. Se é esta a sociedade que querem construir, do tipo cada um por si e sem respeito pelos outros, o argumento cabe na perfeição.
Num momento em que desce a natalidade e envelhece a população, sem que entretanto sejam adoptadas políticas que alterem esta tendência de largos anos, causa ainda mais apreensão que os problemas se possam resolver estimulando o facilitismo e, em muitos casos, a irresponsabilidade e a leviandade. E que, nas opções políticas, não haja um envolvimento tão determinado pela vida como há pela morte.